Imagine a seguinte situação: está a fazer um passeio em família no centro comercial, e de repente o seu filho começa a chorar, gritar e espernear porque quer algo que viu. Episódios de birras das crianças são comuns e todos os pais já passaram por isto.
Porém, quando ocorrem num lugar público, muitos pais não sabem o que fazer para lidar com a situação.
Para não ser mais um refém deste cenário, reunimos algumas dicas sobre como educar os filhos e não transformar estas ocasiões num grande evento.
As birras podem ser compreendidas como externalizações de algum sentimento negativo da criança, sendo mais comuns entre 1 e 6 anos.
As crianças ainda não são capazes de lidar com a frustração ao serem contrariadas. Por isso, têm um comportamento explosivo com um episódio de raiva.
Especialmente quando estão a começar a construir a sua independência, esta é a forma que encontram para impor a sua vontade aos pais.
Os pais sabem que as birras são normais e podem acontecer de forma esporádica. Este é um sinal de que a criança está a desenvolver a sua personalidade.
Contudo, se os episódios forem muito frequentes, então podem evidenciar outro problema. Como por exemplo falta de atenção ou dificuldades na escola.
Mas, seja qual for a situação, existe uma regra que vale para todas: nunca recorra à violência, física ou verbal, para lidar com as birras. De seguida, explicamos o que pode fazer para controlar estas situações e educar o seu filho!
Quando o seu filho começar a fazer birra, é importante incentivá-lo a pôr em palavras o que está a sentir naquele momento. Muitas vezes o nervosismo é porque está a sentir algo que não consegue expressar.
Então, sempre que possível, coloque-se ao nível da criança, olhando-a nos olhos, e pergunte se está com fome, com sono ou algo do género. Assim vai aprendendo a verbalizar o que precisa ou quer.
A principal dúvida dos pais nestes momentos é: devo deixar a criança a chorar sozinha ou dar atenção à birra que ela faz?
Especialistas afirmam que se o episódio acontecer num local público, então o melhor é ficar ao lado do filho para que ele não se sinta abandonado.
Porém, se acontecer em casa, num espaço seguro, pode criar uma distância (como ir da sala para a cozinha) e mostrar que vai deixá-la sozinha durante um tempo.
A birra tem origem na frustração da criança que deseja ter algo e não tem o seu pedido respondido. É importante não ceder neste momento.
Não importa quanto tempo dure a birra, se a criança estiver a fazer ou a pedir algo inadequado, não deve satisfazer o seu desejo.
Sabemos que é difícil manter a calma nestas situações, mas demonstrar um comportamento explosivo e gritar mais alto do que a criança, não vai solucionar o problema.
Nada de castigos físicos, bater portas ou gritar. A criança irá espelhar-se no comportamento do adulto, ou seja, se transmitir calma e segurança, ficará envergonhada com a própria atitude.
Se as birras acontecerem em locais públicos, pode ser necessário ir embora. A criança precisa entender que este tipo de comportamento não é aceitável e tem consequências.
Portanto, se disse à criança que iam embora caso não pare a birra, então vá. Mesmo que acabe por se privar de algo que queria fazer, é importante cumprir o que foi dito, para a criança entender a relação de causa e consequência.
Passado o momento mais crítico e quando a criança estiver mais calma, então deve conversar e explicar o motivo pelo qual lhe disse que “não”.
Demonstre que se importa com ela com atos de carinho. Ouça o que o pequeno tem a dizer e fale com ele sobre o que foi possível aprender com aquela situação.
Aos poucos, conforme cresce e ganha maturidade, estes episódios vão tornar-se cada vez mais raros. Portanto, tenha paciência e siga estas dicas para lidar com as birras da melhor maneira.