Devem ou não as crianças ter orientação vocacional
20 Novembro

Devem ou não as crianças ter orientação vocacional

Sabia que a orientação vocacional para os pequenos pode ajudá-los a expressar os seus gostos e as suas habilidades? Por isso é importante que os adultos, pais e educadores, respeitem e promovam o desenvolvimento das orientações profissionais.

Se este é um tema que ainda lhe suscita algumas dúvidas, continue a ler e descubra como a orientação vocacional pode ser benéfica mesmo para os miúdos.

Orientação vocacional na infância: Conheça o impacto positivo na vida das crianças

Certamente conhece alguém, ou é o seu próprio caso, que graças às exigências familiares, preconceitos culturais, medos ou, simplesmente, desconhecimento, não ousou escolher o caminho profissional que realmente desejava.

O resultado disso é que muitos acabam por estudar para uma carreira ou por exercer uma profissão que não tem nada a ver com o que realmente gostam.

A orientação profissional é, precisamente, um processo pelo qual é possível ajudar uma pessoa a definir a escolha profissional. Ou seja, permite explorar e identificar crenças, perceções, emoções, pensamentos e atividades que os jovens manifestam e fazem.

Agora, deve estar a perguntar-se: como este tipo de orientação pode ser benéfica para uma criança que ainda não possui maturidade para escolher uma profissão?

No caso dos pequenos, a orientação vocacional possui um direcionamento um tanto ao quanto diferente. Neste caso, tem como objetivo fazer com que se expressem livremente sobre as atividades e experiências que mais gostam e que as fazem felizes.

Ou seja, trata-se de um processo que identifica inclinações vocacionais com base nas escolhas que as crianças fazem. Estas escolhas podem ser brincadeiras que preferem ou até mesmo a maneira que se relacionam com os outros.

Em suma, quando se trata de crianças, a orientação vocacional não tem como objetivo determinar ou condicionar qual seria o futuro profissional das crianças. Torna-se numa ferramenta para ajudá-las a expressar as suas motivações.

Como funciona a orientação vocacional com crianças?

O processo de orientação direcionado para crianças deve ser adaptado, e neste caso ocorre principalmente por meio de brincadeiras.

As brincadeiras das crianças e a sua observação são a principal ferramenta para descobrir quais são os seus interesses.

Como consequência, a escolha do tipo e das características dos brinquedos, como são usados e como as crianças brincam com eles constituem um importante indicador que contribui para a orientação profissional desde cedo.

Há crianças que optam por brincadeiras mais físicas e desportivas, enquanto outras preferem jogos de tabuleiro e de lógica. Existem crianças que organizam, classificam e armazenam os brinquedos e objetos, e outras que os partem e analisam. As possibilidades são infinitas.

Há, inclusive, quem defenda a teoria de que a orientação vocacional deve ser implementada no sistema educativo. Esta teoria surge porque pode minimizar (ou evitar) uma visão estereotipada da realidade social pela criança.

Ou seja, ao experimentar papéis adultos em brincadeiras, em especial determinadas profissões, pode proporcionar uma desconstrução de preconceitos e estereótipos relacionados às diferentes atividades profissionais.

É claro que a criança ainda terá um longo caminho a percorrer, e poderá escolher algo oposto ao que indicava no seu comportamento de infância.

Entretanto, permitir uma orientação vocacional aos pequenos possibilita aos pais um maior incentivo e investimento no desenvolvimento das suas habilidades.

Dessa forma, quando chegar à juventude, terá muito mais autoconhecimento e autoconfiança para escolher com mais clareza a profissão que pretende exercer no futuro.

Fomentar e estimular a orientação vocacional aos pequenos em relação àquilo que mais gostam, é um fator motivador muito importante. E de certeza que vai possibilitar uma vida mais feliz e realizada quando adultos.